Coletivo Chapéu-de-Sol lança primeira antologia em Santos
Com o propósito de valorizar a literatura como expressão de liberdade, inclusão e diversidade cultural, o Coletivo Chapéu-de-Sol de Arte e Cultura lança, na próxima quinta-feira (2), às 19 horas, sua primeira antologia literária: “Primeiros Frutos – Primeira Antologia”. O evento será realizado na Estação da Cidadania, no bairro Campo Grande, em Santos, com sessão de autógrafos e venda de exemplares.
A obra reúne textos de 20 autores de diferentes cidades da Baixada Santista e do Litoral Norte — como Santos, São Vicente, Praia Grande, Bertioga e São Sebastião. O projeto foi contemplado pelo 11º FACULT – Fundo de Assistência à Cultura de Santos (2024), iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura, e marca a consolidação do coletivo, criado em dezembro de 2023 com o objetivo de fortalecer a produção literária regional e valorizar a diversidade de vozes e estilos.
Segundo Guilherme Monteiro, jornalista, escritor e idealizador do grupo, a antologia surgiu da própria formação do Chapéu-de-Sol. “Logo no início, discutimos diversas possibilidades de trabalho, e decidimos começar por uma antologia. Muitos dos integrantes participaram, em 2022, da Antologia Celio Nori, realizada na ConCidadania, e sentiram falta daquela experiência. Eu mesmo participei, e tomei a iniciativa de reunir esse grupo novamente. Enviei um e-mail para os mais de 40 participantes da edição anterior, e 20 responderam de imediato. A partir daí, começamos os encontros — e os dez que estiveram na primeira reunião deram origem a tudo isso”, conta.
A curadoria da coletânea foi feita pela escritora santista Regina Alonso, que analisou mais de 40 textos enviados pelos integrantes. “Ela passou meses revisando cada trabalho, fez sugestões, aprimorou os textos com cuidado, sempre incentivando os autores com elogios e orientações”, destaca Guilherme.
Diversidade como marca
O diferencial da antologia está na pluralidade de vozes e trajetórias reunidas. Entre os autores estão jovens escritores, ex-jornalistas, professores de filosofia, psicanalistas e consultores de mercado. Essa troca de experiências, segundo Guilherme, é o que dá vida ao projeto. “Um autor de 80 anos tem muito a ensinar, mas também aprende com os mais jovens. Essa convivência se reflete nos textos”.
A coletânea reúne poemas e prosas que abordam temas pessoais, sociais e culturais, oferecendo múltiplos olhares sobre o cotidiano, a memória e a imaginação. Para a curadora Regina Alonso, os textos têm o poder de “despertar emoções, provocar reflexões e transportar o leitor para diferentes universos, por meio da beleza e do significado das palavras”.
Além da antologia, o coletivo lançará, no mesmo dia, seu site oficial chapeudesol.com.br, que reunirá obras dos autores, informações sobre o grupo e, em breve, disponibilizará gratuitamente a versão digital da antologia.
Vozes em movimento
Para os jovens autores, o projeto representa uma oportunidade de amadurecimento literário. É o caso de Kijaw, de 23 anos. “Antes do coletivo, meu único projeto literário tinha sido um livreto pequeno. Esta antologia é um salto enorme e vai me ajudar a mergulhar mais fundo no mundo da literatura”.
Já para Guilherme, a publicação representa um legado. “Nosso objetivo não é apenas reunir textos, mas incentivar cada autor a seguir escrevendo, publicando seus próprios livros e inspirando outros. Queremos ser como um chapéu-de-sol: uma sombra que refresca as ações culturais da cidade, sem apagar as iniciativas individuais”.
Além do lançamento oficial na próxima quinta-feira (2), às 19 horas, na Estação da Cidadania, o coletivo pretende circular com a obra em outros espaços culturais, como a Casa das Culturas, o próprio núcleo da Estação e o Café com Letras, promovendo novas oportunidades de venda, oficinas e rodas de leitura ao longo do ano.
- setembro 29, 2025
- 5:30 pm