Em um mundo acelerado, onde tudo precisa ser imediato, funcional e lucrativo, falar de poesia pode parecer um luxo. Mas é justamente nesse cenário que ela se torna urgente.

A poesia não é apenas uma forma de arte — é um modo de ver e sentir o mundo. Ela traduz o que as palavras comuns não alcançam. É emoção moldada em ritmo, pensamento esculpido em versos, silêncio transformado em linguagem. Quando um poema toca alguém, não é apenas o autor que fala: é o leitor que se reconhece nas entrelinhas.

O Coletivo Chapéu de Sol acredita que a poesia é resistência. Ela resiste à superficialidade, à indiferença, ao automatismo da rotina. E mais do que isso, ela revela: revela dores ocultas, alegrias esquecidas, memórias enterradas. Cada poeta do coletivo carrega um olhar único, mas todos partem de um ponto comum — a necessidade de dizer o indizível.

Ao reunir vozes diversas, o Chapéu de Sol se torna abrigo e palco. É espaço para que novos autores encontrem seu fôlego, e para que os leitores redescubram o valor da pausa, da leitura com calma, da palavra pensada. Em um tempo onde somos bombardeados por imagens e frases rápidas, um poema é quase um ato de rebeldia.

Seja em forma de crônica, conto ou verso livre, nossa missão é cultivar a palavra como semente de transformação. Porque onde há poesia, há escuta. Onde há escuta, há vínculo. E onde há vínculo, nasce a possibilidade de um mundo mais sensível.

A poesia ainda importa — e talvez hoje, mais do que nunca.